Lygia Fagundes Telles (1923 - )

Obra Invenção e Memória
País Brasil
Direção Suely Araújo
Música (Acordeon) Ary Giordani
Mediação Christian Schwartz




Biografia
Nasceu e vive em São Paulo. Considerada pela crítica uma das mais importantes escritoras brasileiras, publicou ainda na adolescência o seu primeiro livro de contos, Porão e sobrado (1938). Estudou direito e educação física antes de se dedicar exclusivamente à literatura. Foi eleita para a Academia Brasileira de Letras em 1985 e em 2005 recebeu o Prêmio Camões, o mais importante da literatura de língua portuguesa.


Indicações bibliográficas
A Disciplina do Amor. São Paulo: Companhia das Letras, 2010.
Durante aquele estranho chá. São Paulo: Companhia das Letras, 2010.
A estrutura da bolha de sabão. São Paulo: Companhia das Letras, 2010.
As Horas Nuas. São Paulo: Companhia das Letras, 2010.
Verão no Aquário. São Paulo: Companhia das Letras, 2010.
Antes do baile verde. São Paulo: Companhia das Letras, 2009.
Ciranda de Pedra. São Paulo: Companhia das Letras, 2009.
Invenção e Memória. São Paulo: Companhia das Letras, 2009.
As Meninas. São Paulo: Companhia das Letras, 2009.
A noite escura e mais eu. São Paulo: Companhia das Letras, 2009.
Seminário dos Ratos. São Paulo: Companhia das Letras, 2009.
Oito Contos de Amor. Rio de Janeiro: Ática, 2009.
Venha ver o por do sol e outros contos. Rio de Janeiro: Ática, 2008.
Antologia - Meus Contos Esquecidos. Rio de Janeiro: Rocco, 2005.
Antologia - Meus Contos Preferidos. Rio de Janeiro: Rocco, 2004.
Pomba Enamorada ou Uma História de Amor. Porto Alegre: L&PM Editores, 1999.
Melhores Contos de Lygia Fagundes Telles. São Paulo: Global, 1999.





[ Já estava escurecendo quando passei pelo jasmineiro e parei de repente, o que era aquilo, mas tinha alguém ali dentro? Cheguei perto e vi no meio dos galhos a cara transparente de Leocádia, o riso úmido. Comecei a tremer, A quermesse, Leocádia, vamos? convidei e a resposta veio num sopro, Não posso ir, eu estou morta... Fui me afastando de costas até trombar na Keite que tinha vindo por detrás e agora latia olhando para o jasmineiro. Peguei-a apertando-a contra meu peito, Quieta! ordenei, Cala a boca senão os outros escutam, você não viu nada, quieta! Ela começou tremer e a ganir baixinho. Encostei a boca na sua orelha, Bico calado! repeti e beijei-lhe o focinho, Agora vai! Ela saiu correndo para o fundo do quintal. Quando voltei para o jasmineiro não vi mais nada, só as florinhas brancas no feitio das estrelas. ]

[ pg. 14, trecho do conto Que se chama solidão de Invenção e Memória ]

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