Alan Lightman (1948 - )

Obra Sonhos de Einstein
País USA
Direção Flávio Stein
Música (Vibrafone e Xilofone) Paulo Demarchi
Mediação Sandra Stroparo




Biografia
Nasceu em Memphis, Tennessee, em 1948, e educou-se em Princeton e no California Institute of Technology. Escreve regularmente para as publicações Granta, Harper's, The New Yorker e The New York Review of Books. É professor de física e de science and writing no Massachusetts Institute of Technology
(MIT).


Indicações bibliográficas
O Futuro do Espaço-Tempo. São Paulo: Companhia das Letras, 2005.
Viagens no tempo e o cachimbo do Vovô Joe. São Paulo: Companhia das Letras, 1998.
Luz Antiga: uma Introdução à Cosmologia. Lisboa: Asa, 1996.
Sonhos de Einstein. São Paulo: Companhia das Letras, 1993.





[ Decide não encontrar mais com ela. Ela é manipuladora a autoritária, e poderia deixar sua vida um inferno. Talvez nem estivesse mesmo interessada nele. Em vez disso, ele decide continuar na companhia de homens. Trabalha duro na farmácia e mal nota sua subgerente. (…)
No segundo mundo, o homem com casaco de couro decide que precisa encontrar a mulher de Friburgo novamente. Ele mal a conhece, ela pode ser manipuladora e seus movimentos sugerem volatilidade, mas aquela expressão suave quando ela sorri, aquela risada, aquele jeito inteligente de usar as palavras. Sim, precisa encontrá-la de novo. (…) Ela ameaça deixá-lo, mas não o deixa. Ele vive para ela, e esta feliz com sua angustia. (…)
No terceiro mundo, o homem também decide que precisa encontrá-la novamente. Ele vai até a casa dela em Friburgo, encontra-a na porta, toma chá com ela na mesa da cozinha. (…) Pois, nesse mundo, o tempo tem três dimensões, como o espaço. (…) Cada futuro move-se em uma direção diferente do tempo. Cada futuro é real. (…) No tempo, há uma infinidade de mundos. Alguns não se importam com decisões, argumentam que todas as decisões possíveis ocorrerão. (…) Essas pessoas são felizes por viverem em mundos contraditórios, desde que saibam a razão para cada um deles. ]

[ pgs. 21 a 23, trecho de Sonhos de Eisntein, tradução: Marcelo Levy ]


[ Imagine um mundo em que não há tempo. Somente imagens. Uma criança à beira do mar, enfeitiçada pela primeira visão que tem do oceano. Uma mulher de pé em uma sacada de madrugada, cabelos soltos, vestindo folgadas roupas de dormir de seda, seus pés descalços, seus lábios. O arco da galeria perto da fonte Zahringer na Kramgasse, arenito e ferro. Um homem sentado na quietude de seu estúdio, segurando a fotografia de uma mulher; há dor no olhar dele. ]

[ pgs. 21 a 23, trecho de Sonhos de Eisntein, tradução: Marcelo Levy ]

Nenhum comentário:

Postar um comentário