Texto: Jean Tossin
A CAIXA Cultural apresenta mais uma sessão do projeto literário EntreMundos: Mundo da leitura, leitura do mundo, no dia 19 de outubro. O austríaco Arthur Schnitzler e o tcheco Milan Kundera terão suas obras lidas, acompanhadas pela harpa de Felipe Ayres, com mediação de Mariana Sanchez, direção de Luciana Barone e atuação de Marcio Mattana e Airen Wormhoudt.
Depois dos projetos “Brasis: Leituras Plurais” e “XX Narrativas do Século XX”, realizados em 2009 e 2010, neste ano serão dez edições mensais de “EntreMundos – Mundo da Leitura, Leitura do Mundo”. Enquanto nas iniciativas anteriores se focou na literatura de um determinado período, ou de um espaço geográfico, a nova versão busca colocar em diálogo obras e autores através do tempo, tendo a narrativa como fio-condutor.
Arthur Schnitzler
Do austríaco Schnitzler, será lida a obra “Crônica de Uma Vida de Mulher”. O romance conta a história da austríaca Therese Fabiani, a partir dos seus 16 anos. A menina vê sua família desmoronar depois do acesso de loucura do pai e passa a transitar por uma sociedade vienense que enfrenta perda de valores, ao mesmo tempo em que procura seu próprio caminho.
Nascido em 1862, Schnitzler é contemporâneo de Freud e estudou medicina antes de trocar a carreira médica pela de escritor. Em sua obra o escritor antecipou idéias da psicanálise de Sigmund Freud. Consagrado por dramas psicológicos, o austríaco é autor de “Breve Romance de Sonho”, texto que inspirou o filme “De Olhos Bem Fechados”, de Stanley Kubrick. Autor de muitos outros livros, entre os quais O Retorno de Casanova (1918), Senhorita Else (1924) e Breve Romance de Sonho (1926), Arthur Schnitzler morreu em Viena, em 1931.
Milan Kundera
O tcheco Milan Kundera, nascido em 1929, aparece com a obra “Risíveis Amores”. Nos sete contos, Kundera retira do amor e do sexo a seriedade que normalmente costuma recobri-los, com histórias que tentam repor alguma verdade na experiência amorosa. A mentira – ou a a arte de iludir e ser iludido – está sempre em foco, mas o engano, que se inicia como brincadeira, revela depois como o autoengano governa todos os aspectos da vida.
Kundera é também autor da célebre obra “A Insustentável Leveza do Ser”, também transposta para o cinema. Entre outros prémios, Milan Kundera recebeu, pelo conjunto da sua obra o Common Wealth Award de Literatura (1981), o Prêmio Los Angeles Times Book Prize (1984) por “A Insustentável Leveza do Ser” e o Prémio Jerusalém (1985).
Nenhum comentário:
Postar um comentário